ou mais aprendizagem?
(Ricardo Palma, Sandy
Gualdino, Sónia Evaristo)
A planificação do processo
educativo apresenta-se como um dos grandes desafios deste processo. Planificar
tendo em conta o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, conseguindo
associar os objectivos ou resultados de aprendizagem pretendidos às
experiências vividas por estes de modo a tornar a aprendizagem significativa, é
muito mais do que definir meras propostas de ensino e aprendizagem.
Neste artigo, apresentaremos de
uma forma reflexiva a importância da planificação para o sucesso do processo
ensino/aprendizagem, dando particular relevância à definição de objectivos
pedagógicos.
Evidenciaremos a importância de
investir numa escola de aprendizagem em vez de escola ensino, como estratégia para
o sucesso dos processos educativos.
Fala-se, actualmente, de uma crise social e a
Educação, forçosamente, reflecte e tornou-se o reflexo dessa realidade. O
primeiro grande problema, continua a ser o facto de, muitas vezes, alunos e
professores não terem as mesmas prioridades e expectativas quanto aos
objectivos a atingir.
Outro grande problema é que, frequentemente, os
objectivos definidos pelos professores continuam centrados em si enquanto profissionais,
no seu desempenho enquanto actor principal e não no aprendente. Temos uma
classe profissional que ainda tem alguma dificuldade em considerar a relação
pedagógica como uma relação de igual para igual, onde os intervenientes
alternam os papéis, tirando proveito dessa troca.
Continuamos numa sociedade que valoriza o
produto da educação em prejuízo da coerência das actividades educativas, por
isso, muitos dos nossos professores continuam a não sentir a real necessidade
de melhorar/inovar as suas práticas.
Os profissionais da educação têm que mudar a
ideia da avaliação, deixando de encarar este momento como um momento unicamente
destinado ao aluno, mas sim a todo o processo e ao próprio professor. Deve,
assim, o professor investir num processo de auto-avaliação para analisar o seu
grau de eficácia em acção e se a sua conduta é ou não adequada para alcançar os
objectivos perseguidos.
Outra grande discrepância é o facto das decisões
relevantes continuarem a ser tomadas pelos membros do poder, os representantes
políticos e das instituições, não resultando de um balanço/compromisso entre
quem o promove e os seus destinatários, nomeadamente, alunos e pais e sociedade
em geral. Convém considerar que o processo de reorganização educacional,
objectivando o sucesso dos nossos alunos, depende da intervenção de todos, por
isso, deve considerar os interesses de todos os envolvidos.
Relativamente ao processo de planificação,
convém consciencializar que este momento é crucial para o sucesso da acção
educativa e não deve ser apenas um documento obrigatório para arquivar. Este
instrumento deve representar o projecto de resposta adequado às reais necessidades
de aprendizagem dos alunos.
Reconhecer a importância deste instrumento para
o sucesso educacional e resolução de algumas das principias problemáticas das
nossas escolas é fundamental. Um processo planeado significa: objectivos
pedagógicos bem definidos e, consequentemente uma maior rentabilidade,
produtividade e sucesso da acção educativa.
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